Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

domingo, 27 de fevereiro de 2011

De 23/02/2011 – Saint-Martin
Acordamos cedo para aproveitar os belos lugares de Orient Bay. Tomamos um café da manhã leve e logo o Jonas montou sua prancha e foi velejar. Eu e a Carol pegamos nosso material de mergulho e, com o bote, fomos para a ponta norte de Green Cay, um pouco depois do lugar onde mergulhamos ontem. O lugar é lindíssimo e a água estava com mais de 10 metros de visibilidade. Vimos muitas gorgônias, corais e peixes coloridos. Coloquei a máquina fotográfica nova dentro de um saco plástico especial para máquinas fotográficas, mas a qualidade não ficou boa. Vou ter que arriscar e usar a máquina direto dentro da água (ela foi feita para isso, mas a outra que também era, pifou!). Foi um mergulho e tanto e, como sempre, a Carol ia descobrindo as coisas antes de eu vê-las. Descobriu pequenas conchinhas que ficam grudadas num coral e que são muito bonitas por baixo. Quando retornávamos ao bote, vimos uma pilha das conchas grandes perto da poita. Alguém as colocou lá e algumas conchas já estavam bem deterioradas. Mergulhei e peguei duas grandes e subi com elas para mostrar para a Carol. A subida foi difícil, pois elas pesavam uns três quilos as duas. Tirei uma foto delas, para vocês verem o tamanho das conchas daqui!
Voltamos para o barco e demos um pulo no Luar, para pegar o Enock para darmos uma andada pela praia. Caminhamos pela praia até o limite da ala naturista e voltamos para a outra ponta da praia. Andamos bem uns três quilômetros, batendo fotos. Não resistimos a uma cerveja para “gelar a goela”. Num barzinho “budista”, encontramos várias estátuas de Buda e outras esculpidas em pedra e madeira. Muito legal o lugar.
Após o passeio, resolvemos desembarcar na ilha Green Cay com o bote. Havia uma placa de proibição de desembarque, mas a ilha estava cheia de gente, levada pelo pessoal que faz passeios na região. Achamos muitas conchas na areia e a Carol reuniu algumas para fotografarmos. Há uma “língua” continuando a praia, que forma uma paisagem muito bonita. O visual do local é “chocante”!
Voltamos ao barco e almoçamos um arroz com feijão (o Jonas, rei do feijão, adorou, pois não o comia fazia tempo). Depois do almoço, mudamos os barcos para Pinel Island, que fica bem perto. Estava tranquilo e aproveitamos para tentar consertar o trilho da genoa, que soltou uma seção. Eu e a Carol içamos o Jonas, mas ele não pode fazer nada, pois não foi uma perda de parafuso apenas: o parafuso quebrou e perdeu a cabeça. Vamos ter que arrumar em algum lugar parado, fazendo outro furo e colocando um novo parafuso.
Descansei um pouco e resolvemos dar um pulo na ilha Pinel. Como era final de tarde, os vários barzinhos que há na ilha estavam fechando. Demos uma andada pela praia, que é muito tranquila e bonita. Vimos que há uma trilha que circunda a ilha e pretendemos fazê-la nos próximos dias.
Voltamos ao barco e resolvi mergulhar para ver a âncora. Também passei num lugar que parecia mais raso a uns 20 metros do barco. O fundo era de pedra e a profundidade era de um metro e meio no local. Resolvemos mudar o barco de lugar, pois uma virada pequena de ângulo de vento nos jogaria nas pedras e seria difícil sair de lá. Mudamos o barco um pouco mais para trás e ficamos tranquilos. Tomamos nossos banhos, nos arrumamos, pois fomos convidados para jantar no Luar.
Antes de sairmos, vimos uma coisa muito bonita e interessante, inédita para nós. Pequenas manchas verdes, de luz bem intensa, se formavam na superfície. Em seguida, muitas manchinhas verdes apareciam e “atacavam” a mancha maior, dissolvendo-a. Talvez seja alguma alga fosforescente, que quando se acende é comida por peixinhos, que também ficam acesos por ela! É impressionante: quanto mais conhecemos do mar, mais novidades ele nos apresenta!
O Ronny e o Enock fizeram para um macarrão com salmão para o jantar, regado a uma boa conversa e vinho tinto: estava divino!
















































De 22/02/2011 – Saint-Martin
Pretendíamos passar o dia em Grand-Case, mas como a ancoragem estava desconfortável e a água turva para mergulhar, o Ronny sugeriu para irmos para Orient Bay. Rapidamente arrumamos as coisas e levantamos âncora. Saímos a motor, mas a velocidade estava muito baixa por causa da correnteza e ondas. Arribamos um pouco, abrimos um pedaço de genoa e começamos a velejar muito bem em direção a Anguila. Passamos de 2 nós de velocidade no “sofrimento” para 5 a 6 nós no “divertimento”! Quando chegávamos perto de Anguila, demos um bordo e seguimos na direção da ilha de Tintamarre, velejando numa orça folgada, só com a genoa reduzida, mas andando muito bem nos 20 nós de vento que sopravam. Passamos entre Tintamarre e Saint-Martin e nos encaminhamos para a entrada da baia de Orient Bay. Quando chegávamos, dois golfinhos passaram ao lado de nós! A entrada da baia é chatinha, com recifes dos dois lados um canal certinho para entrar. Após a entrada, sempre com o Luar à nossa frente, pois conhecem bem o local, nos dirigimos para trás da ilha de Green Cay. Ancoramos atrás da ilha, num local bem abrigado para o vento que soprava, e fomos curtir o visual da região. O lugar é lindíssimo, com as praias atrás do barco, inclusive a de nudismo, e as ilhas nos cercando. A água estava clara e podíamos ver as manchas de vegetação no fundo. Vimos um laser velejando e ele passou perto do Travessura. Qual não foi minha surpresa quando percebi que o velejador do laser estava peladão! Pelo jeito, o pessoal leva o nudismo bem a sério por aqui: até velejam nus! (rsrsrs!!!).
Após ancorar, fizemos um almoço rápido, demos um tempo para a digestão e fomos nos divertir. O Jonas montou sua prancha de wind e saiu para velejar com o Ronny. O Jonas está extasiado aqui! Orient Bay é uma baia de águas abrigadas pelas ilhas que ficam em frente e o vento, normalmente com 20 nós, está sempre soprando perpendicular à praia, permitindo excelentes velejadas de wind e kit surf. Eu e a Carol pegamos o bote e fomos mergulhar na ilha de Green Cay. Foi um belo mergulho, digno do Caribe. Vimos lagostas, camarões palhaços, muitas e muitas conchas das bem grandes, uma tartaruga numa toca, na qual a Carol passou a mão e muitos corais. A Carol viu vários pepinos-do-mar pretos e foi levantar um deles. Ficou admirada de sua “barriga” ser rosada. E eu ainda vi três raias pequenas quando fui verificar a âncora e o espaço livre à popa do Travessura. Lindas, passeavam juntas no fundo de vegetação.
Após um banho no final de tarde, na popa do barco como sempre, usando shampoo para tirar nossas “cracas”, tomamos um chocolate quente reforçado com pedaços e calda de cerejas, e fomos para o Luar para um sessão “cineminha”, onde vimos o bonito filme “Quase Deuses”.
























De 21/02/2011 – St. Maarten – Saint-Martin
Durante a noite o vento ficou mais forte e constante da direção nordeste. Acordei na madrugada e estávamos muito perto de outro veleiro. A prancha do Jonas já batia no estai de proa de nosso vizinho. Chamei o Jonas e rapidamente levantamos a âncora e mudamos o Travessura de lugar. A âncora deve ter garrado em função dos giros que o barco deu com o vento inconstante, por algum enrosco da corrente na âncora. Dormimos até mais tarde e parte da noite eu passei no cockpit para ver se não garraríamos outra vez.
Fui com a Carol na Budget para aproveitar uma oferta e comprar um rádio VHF com AIS, muito útil para navegações longas, pois identifica navios e avisa de há risco de choque. Fizemos nossa saída na imigração e fomos para Marigot acompanhando o Luar. A Carol estreou a cadeirinha no púlpito de proa e aprovou! Agora é muito melhor para ver golfinhos! Demos entrada em Marigot e o funcionário que nos recebeu era outro, muito mais simpático e atencioso. Dissemos que íamos para Orient Bay e, desta vez gastamos só 5 euros de taxa! Acho que o outro funcionário, quando fomos para lá com a Lu, me engabelou com os preços! Fomos para Grand-Case, onde tomamos um banho de mar com água transparente! Eu acabei de ler “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e a Carol acabou de ler “Tenda dos Milagres”. Adoramos Jorge Amado!

























sábado, 26 de fevereiro de 2011

De 20/02/2011 – St. Maarten
O domingo amanheceu chuvoso e o dedicamos ao ócio!
Um iate enorme, que tem um grande veleiro docado em cima dele retornou. Batemos algumas fotos do barco (reparem na popa, onde ele tem uma varanda!), pois é algo difícil de se ver: um “lancheiro” velejador!
Fizemos o almoço no Travessura com o Enock e Ronny. Eles aproveitaram para conhecer o nosso lar e deixaram mensagem no nosso livro de visitas.
À noite fomos para um churrasco com pessoal do Mema na Lagoon Marina. Batemos muito papo e bati uma foto de um “colorado” pisando num “gremista”!!!

























De 19/02/2011 – St. Maarten
Acordamos tarde e fomos até a Budget Marine e Electec comprar algumas coisinhas e usar a internet. O Ronny e o Enock nos convidaram para sorvetes na Carroussel e para lá fomos com eles, batendo papo e curtindo esse delicioso sorvete.
A aula de inglês hoje foi diferente: Jonas tocando “Hotel California” e todos cantando e traduzindo a letra, com um belíssimo pôr-do-sol e depois sob uma lua cheia deslumbrante!


De 18/02/2011 – St. Maarten
Acordamos bem cedo, pois precisamos sair da marina hoje. Chegou um barco para ficar na vaga onde estamos. Compramos pães, arrumamos tudo e soltamos as amarras, para sair do lagoon na ponte das 9:00 hs. É muito melhor ficar ancorado fora do lagoon do que dentro do lagoon. Pegamos uma fila grande de barcos e cruzamos com o veleiro de um japonês que falou conosco em português. Disse que a esposa é brasileira e que ele vai com seu barco para o Brasil no próximo ano.
Como é bom estar em uma água limpa novamente! Estreamos a âncora que o amigo Hill nos emprestou. O vento está fraco fora do lagoon e está girando muito.
Ronny passou no nosso barco e nos convidou para irmos para Orient Bay na próxima semana. Pretendíamos ir para as Grenadinas, mas resolvemos mudar os planos e aproveitar essa semaninha com os amigos do Luar, para velejar e mergulhar, conhecendo mais de Saint-Martin. Como é bom sermos donos do próprio tempo e aproveitarmos as coisas boas que se apresentam!
Ronny aproveitou e levou o Jonas e a Carol para ver de perto dois barcos que estavam ancorados em Simpson Bay. Um é o maior sloop do mundo, que tem o maior mastro do mundo: o Mirabela V. O mastro tem impressionantes 100 metros de altura e pesa (só o mastro!) 35 toneladas (o mesmo que um Boing 737!!!). O outro barco que estava lá era o Eclipse, o maior iate particular do mundo, com mais de 500 pés de comprimento e um sistema especial à prova de paparazzi's, que impede fotos digitais dentro do barco. Tudo da área náutica por aqui é muito grande!!!
Retomamos as aulas de inglês no barco à noite.